FODMAP: CONCEITO, DIETA E RECOMENDAÇÕES
- Essential Nutrition

- 2 de out. de 2021
- 4 min de leitura
Matéria em parceria com a Essential Nutrition
Alguns alimentos ricos em determinados carboidratos têm ação fermentável durante a digestão, e consequentemente, são evitados pelas pessoas que apresentam disfunções no intestino. A estratégia de driblar estes alimentos é chamada de dieta fodmap. E é sobre ela que vamos nos aprofundar neste post. Confira.

e você acompanha os assuntos relacionados à nutrição, deve perceber que há alimentos que influenciam as condições do nosso organismo de forma mais perceptível, como incômodos intestinais e a sensação de inchaço logo após a refeição. Assim, eles ganham destaque nas discussões e recomendações sob diversos aspectos, como em situações de restrição alimentar.
Que tal relembrar o glúten e a lactose? Diante de estudos e orientações nutricionais, os nutrientes foram identificados como prejudiciais para pessoas alérgicas ou com intolerância. No dia a dia, passaram a direcionar dietas e a diferenciar produtos em categorias “glúten free” e “zero lactose”, por exemplo.
Neste contexto, há alimentos ricos em carboidratos fermentáveis que podem prejudicar a digestão de quem tem problemas no trato gastrointestinal, e são identificados como Fodmap. E é em resposta à intolerância a esses carboidratos que a dieta fodmap ganha espaço e atenção.
O que é fodmap?
Fodmap é a sigla de “Fermentable Oligosaccharides, Disaccharides, Monosaccharides and Polyols”, ou “oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis”. De forma direta, consiste em um grupo de carboidratos osmóticos, de cadeia curta, de difícil digestão e rápida fermentação. Alguns exemplos:
Oligossacarídeos: rafinose, fruto-oligossacarídeos e galacto-oligossacarídeos;
Dissacarídeos: lactose, maltose e sacarose;
Monossacarídeos: glicose, galactose e frutose;
Polióis: sorbitol, manitol, xilitol, eritritol;
A ação dos fermentáveis no intestino O processo digestivo conta com a atuação de uma enzima muito importante: a amilase. Ela é responsável por quebrar os carboidratos em partes menores durante o trajeto do alimento da boca até o intestino, e assim, facilita a absorção do nutriente pelas células intestinais presentes no intestino delgado. Vale destacar que, além da nutrição, as células intestinais repassam para o corpo a energia necessária para que ele tenha um bom funcionamento. A relevância dos fodmaps para o intestino No caso dos alimentos altos em fodmaps, eles também são quebrados e digeridos pelas bactérias do intestino, e desta forma, são produzidos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) — importantes para a saúde intestinal. Assim, por outro lado, também são importantes para manter o intestino saudável. Por este motivo, restringi-los sem orientação e por longo período sem acompanhamento pode aumentar a disbiose, que consiste no desequilíbrio das bactérias intestinais. Importante ressaltar que a fermentação, teoricamente, não deve ser dolorosa e nem causar distensão. Quando isso acontece, pode ser um sinal de que o intestino não se encontra saudável, e não ocorre devido ao alimento ingerido. Como funciona a dieta fodmap? O primeiro alerta é que a restrição de carboidratos fodmap na alimentação deve ser vista como uma estratégia. Isso significa que não é recomendado que seja seguida como um estilo de vida ou uma orientação alimentar permanente. Assim, deve ser considerada uma alternativa para reduzir sintomas a curto prazo, visto que pode apresentar problemas se for mantida por muito tempo, sem a devida necessidade e acompanhamento profissional. Outra questão importante é que para seguir a dieta fodmap, é fundamental contar com o acompanhamento de profissionais da saúde, os quais costumam solicitar testes e exames para verificar a relação dos nutrientes com a dificuldade de digestão. Na prática, a dieta consiste em evitar alimentos ricos em carboidratos fermentáveis por um determinado tempo. Para a retomada, é essencial prestar atenção como o organismo reage a cada alimento. Exemplos de alimentos ricos em fodmap
Maçã, melancia, pêssego, cereja, abacate.
Alcachofra, quiabo, alho, cebola, repolho, aspargo, feijão, ervilha.
Iogurte, leite, queijos frescos.
Amêndoa, avelã, pistache.
Adoçantes artificiais.
Xarope de milho.
Mel.
Centeio, cuscuz, farinhas, cevada, soja, trigo.
Espessantes e estabilizantes.
Sucos de fruta, cerveja, refrigerantes.
Prebióticos que não sejam fodmap friendly.
Receitas LOW fodmap Além de conferir a lista de alimentos que devem ser evitados na dieta fodmap, veja a seleção de receitas com baixos teores de carboidratos fermentáveis que você pode aproveitar e fazer em casa. Para aquecer: creme de abóbora
Para as crianças: gelatina vitaminada
Para relaxar: drink detox
Para refrescar: frozen de Frutas vermelhas
Para quem a dieta fodmap é recomendada?
Diante da orientação profissional, a dieta fodmap pode ser indicada para quem apresenta problemas intestinais mais comuns como dores abdominais, e também, para quem tem disfunções mais complexas. Veja as principais situações recomendadas:
constipação;
inchaços e gases intestinais;
diarreia;
síndrome do intestino irritável;
inflamatória intestinal;
leaky gut syndrome – síndrome do intestino permeável.
O que é a certificação fodmap friendly?
O FODMAP Friendly Certification Program é uma certificação global que chancela produtos e alimentos com baixo teor de carboidratos fermentáveis. Aliás, o grande diferencial da certificação é que ela garante que os alimentos certificados foram testados em laboratório e, comprovadamente, contam com um perfil de fodmap baixo. A certificação visa apoiar e facilitar o consumo de alimentos por parte de quem apresenta problemas intestinais e segue a dieta fodmap, ao identificar alimentos e ingredientes. Vale ressaltar que o selo “fodmap friendly” é a única marca comercial de certificação registrada em todo o mundo que certifica os níveis de FODMAP dos produtos. Produtos com ingredientes fodmap friendly
Ter atenção com a escolha dos alimentos é muito importante para quem precisa cuidar da saúde intestinal. Além de explorar a tabela nutricional dos produtos, aqueles que são certificados ajudam nas escolhas alimentares.
Um exemplo é o Collagen GUT, um colágeno desenvolvido para melhorar a microbiota intestinal. Além da fórmula inteligente, que colabora com o bom funcionamento do intestino, ele apresenta entre os ingredientes a goma de acácia, fonte de fibra prebiótica.
As fibras alimentares auxiliam no funcionamento do intestino. Ainda, sua fermentação intestinal é lenta e progressiva, auxiliando o intestino sem causar desconforto, estufamento ou flatulências. Somado a isso, não é cariogênica, nem fermentada pela microbiota bucal.
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